Na semana retrasada, o mercado atacadista de carne bovina sem osso reagiu e o preço dos cortes tiveram uma leve alta (0,5%), mas a subida não foi consistente, sendo nos últimos sete dias os cortes desvalorizaram 0,6%. Ao que parece, o fluxo de venda de carne está em compasso mais lento quando comparado ao de recomposição dos estoques das indústrias. Esse cenário traz pressão para os preços da carne bovina, mesmo em um momento no qual a expectativa é de melhora no consumo.
Além do mais, a exportação em ritmo lento em função do recuo do dólar ante o real, não tem ajudado a sustentar os preços no mercado interno. Até a terceira semana do mês, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o volume diário embarcado em outubro está 14,4% abaixo da quantidade vendida por dia em setembro. Para o curto prazo a tendência é que a demanda se aqueça devido ao feriado na próxima sexta-feira (2/11) e ao recebimento dos salários. Fatores que podem sustentar o preço da carne bovina no atacado, ou no mínimo limitar as quedas.
Um elemento otimista é que em outubro houve avanço do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE). Este aumento reflete as expectativas melhores quanto o futuro da economia do país em médio e longo prazos, o que pode ser traduzido em aumento do consumo.